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sexta-feira, janeiro 19, 2007

Ternura

Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar
[ extático da aurora.


Texto extraído da antologia "Vinicius de Moraes - Poesia completa e prosa", Editora Nova Aguilar - Rio de Janeiro, 1998, pág. 259.

3 comentários:

Anónimo disse...

Vinicius é sempre Vinicius...

Abraça com toda a tua força o Mundo que tens à tua frente, mas só aquele feito de sorrisos...Aperta junto do teu coração e faz-te feliz

ADORO-TE*

Anónimo disse...

Abraça os sorrisos, Abraça a alegria que tens dentro de ti....
Todas as Maravilhas de que Precisas então Dentro de Ti.

ADORO-TE MUITOOOO minha amora.

Beijo gdre

Anónimo disse...

bem!isto é mesmo mto forte...não conhecia,mas fiquei a amar...obrigado por estes momentos,são mesmo preciosos ao fim de um dia intensivo de estudo.
jocas gandes e parabéns plo blog, está kido*

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