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segunda-feira, janeiro 26, 2009

Topam?

A Carminho (http://guardiadossonhos.blogspot.com/) deixou-me o seguinte desafio que partilho convosco :)

  1. Abrir um livro, ao acaso, e escrever no blogue a frase que se pode ler na página 161, linha 5...
  2. Passar o desafio para outros bloguistas
Feito o desafio...o livro foi-me emprestado pelo Paulo (http://dogus-the-dog.blogspot.com/), e era o 1º em cima de uns quantos livros que tenho a devolver (eu posso demorar, mas devolvo!). Trata-se do "Senhor Deus, esta é a Ana", de Fynn :)

A frase é a seguinte :

"Falámos então de reflectores e de lentes. Ela ouvia, digeria, armazenava tudo nos seus devidos lugares para quando surgisse qualquer oportunidade"

Deixo o tão delicado desafio aos seguintes bloguistas :

Dogus
Verita
João
Kis
Mimi

Desafio

Resposta ao desafio da AVID :)
Gostei imenso.. deixo-vos as regras e as pessoas que convido a realizar o desafio:)

REGRAS:


1. Escolher um cantor. Ana Carolina
2. A cada "pergunta" feita, tenho que escolher um título de uma música e colocá-lo lá como resposta.
3. Nomear 7 pessoas para repassar o desafio.


DESAFIO:


1) És homem ou mulher : “Nega marrenta”


2) Descreve-te: “Carvão”

3) O que as pessoas acham de ti? “Comparsas”


4) Como descreves o teu último relacionamento: “Quem de nós dois”


5) Descreve o estado actual da tua relação: “Hoje eu tou sozinha!


6) Onde querias estar agora? “Mais além”


7) O que pensas a respeito do amor? “Uma louca tempestade”


8) Como é a tua vida? ”Milhares de sambas”


9) O que pedirias se pudesses ter só um desejo? “Noites com sol”


10) Escreve uma frase sábia: “Que se danem os nós”


Pessoas que convido e desafio:

Mimi
Carminho
Nuno
Ana Luisa
Verita
Eraser
Ni

Virou arte..a nossa amizade!



Isa

Um dia canto-te isto minha amiga :) , frente a frente! Somos companheiras para sempre!

A COMPANHEIRA

Eu ia saindo, ela estava ali
no portão da frente
ia até o bar, ela quis ir junto
"tudo bem", eu disse
ela ficou super contente
falava bastante,
o que não faltava era assunto
sempre ao meu lado,
não se afastava um segundo
uma companheira que ia a fundo

onde eu ia, ela ia
onde olhava, ela estava
quando eu ria, ela ria
não falhava

noa dia seguinte ela estava ali
no portão da frente
ia trabalhar, ela quis ir junto
avisei que lá o pessoal era muito exigente
ela nem se abalou
"o que eu não souber eu pergunto"
e lançou na hora mais um argumento profundo
que iria comigo até o fim do mundo

me esperava no portão
me encontrava, dava a mão
me chateava, sim ou não?
não

de repente a vida ganhou sentido
companheira assim nunca tinha tido
o que fica sempre é uma coisa estranha
é companheira que não acompanha

isso pra mim é felicidade
achar alguém assim na cidade
como uma letra pra melodia
fica do lado, faz companhia

pensava nisso quando ela ali
no portão da frente
me viu pensando, quis pensar junto
"pensar é um ato tão particular do indivíduo"
e ela, na hora "particular, é? duvido"
e como de fato eu não tinha lá muita certeza
entrei na dela, senti firmeza

eu pensava até um ponto
ela entrava sem confronto
eu fazia o contraponto
e pronto

pensar assim virou uma arte
uma canção feita em parceria
primeira parte, segunda parte
volta o refrão e acabou a teoria

pensamos muito por toda a tarde
eu começava, ela prosseguia
chegamos mesmo, modesta à parte
a uma pequena filosofia

foi nessa noite que bem ali
no portão da frente
eu fiquei triste, ela ficou junto
e a melancolia foi tomando conta da gente
desintegrados, éramos nada em conjunto
quem nos olhava só via dois vagabundos
andando assim meio moribundos

eu tombava numa esquina
ela caía por cima
um coitado e uma dama
dois na lama

mas durou pouco, foi só uma noite
e felizmente
eu sarei logo, ela sarou junto
e a euforia bateu em cheio na gente
sentíamos ter toda felicidade do mundo
olhava a cidade e achava a coisa mais linda
e ela achava mais linda ainda

eu fazia uma poesia
ela lia, declamava
qualquer coisa que eu escrevia
ela amava

isso também durou só um dia
chegou a noite acabou a alegria
voltou a fria realidade
aquela coisa bem na metade

mas nunca a metade foi tão inteira
uma medida que se supera
metade ela era companheira
outra metade, era eu que era

nunca a metade foi tão inteira
uma medida que se supera
metade ela era companheira
outra metade, era eu que era

Zélia Duncan

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